“O governo australiano tem se engajado em um ataque sistemático contra sua própria população judaica”

Massacre em Bondi Beach

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Em editorial contundente para o The Algemeiner, Daniel Pomerantz (CEO da RealityCheck) argumenta que o ataque em Bondi Beach não deve ser classificado como uma tragédia imprevisível, mas sim como a consequência inevitável de uma política de segurança falha. O autor sustenta que, nos dois anos seguintes aos ataques de 7 de outubro, as autoridades australianas permitiram a normalização de discursos genocidas em espaços públicos, criando um ambiente de permissividade que encorajou a passagem ao ato terrorista. Para ele, a inação policial frente a manifestações explícitas de ódio não foi apenas negligência, mas uma escolha política que deixou a comunidade judaica vulnerável.

“Nos últimos dois anos, a Austrália viu islamistas radicais marchando pelas ruas gritando ‘gaseiem os judeus’ e pedindo para ‘globalizar a Intifada’, enquanto a polícia assistia sem fazer nada.”

Daniel Pomerantz

Pomerantz critica severamente a resposta do Primeiro-Ministro Anthony Albanese, destacando a omissão deliberada dos termos “judeus”, “antissemitismo” ou “terrorismo islâmico” em seus pronunciamentos oficiais. Na visão do analista, essa reticência semântica revela uma recusa da liderança em nomear a ideologia por trás da violência, optando por tratar o massacre como um problema de controle de armas — a Austrália já possui leis rigorosas nesse sentido — em vez de enfrentar a raiz do extremismo ideológico que motiva tais ataques.

O artigo estabelece uma conexão direta entre a diplomacia australiana recente e a segurança interna, argumentando que o reconhecimento de um Estado Palestino logo após o 7 de outubro enviou uma mensagem de que “o terror compensa”. Pomerantz sugere que essa postura geopolítica, interpretada por grupos radicais como uma vitória estratégica obtida através da violência, serviu como catalisador para células locais. A falha em distinguir entre apoio humanitário e validação política de táticas terroristas, segundo o autor, comprometeu a dissuasão do Estado australiano.

Por fim, o texto encerra com um prognóstico pessimista sobre a segurança pública no país. O autor alerta que, enquanto o governo mantiver a estratégia de proteger a retórica extremista sob o pretexto de liberdade de expressão, ignorando os alertas de inteligência (incluindo avisos prévios do Mossad), o incidente em Bondi não será um caso isolado. A análise conclui que a Austrália entrou em uma nova fase de insegurança, onde a falta de consequências claras para a incitação ao ódio garante a repetição de eventos com vítimas em massa.

Fonte: The Algemeiner
Link: Leia na íntegra em https://www.algemeiner.com/2025/12/16/australias-hanukkah-massacre-is-worse-than-you-think/?utm_source=flipboard&utm_content=user/Algemeiner2018

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